sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

A outra face do capetalismo!!!

Antes de tudo, boa tarde para todos. Confesso, que esta semana está muito difícil escrever diante de tanta merda que ouvi nos últimos dias. Primeiramente, tive que ouvir o “grande jornalista” Carlos Alberto Sardenberg anunciando o seu novo livro “NEOLIBERAL NÃO. LIBERAL” que parece mais uma tática oportunista num momento de crise, do que realmente um posicionamento ideológico, já que há um tempo atrás, era um dos que mais defendia o investimento na bolsa, a liberdade de mercado e um sistema baseado, basicamente, na liberdade máxima (ou o mais perto disso) dos indivíduos, para o desenvolvimento de suas capacidades e de suas relações sendo o Estado mero espectador e só podendo intervir minimamente em tais relações.

Pelo declínio da atual política econômica mundial, pela queda deste modelo, já preconizado por vários cientistas de esquerda, e não tendo o capitalismo perspectiva de algo novo, há um movimento geral para trás, olhando para o sistema e se perguntando “Diante desta merda que fizemos, e agora? O que fazer?” volta-se ao que deu certo, ao que parece certo, ao Liberalismo econômico. Oh meu Deus, o velho Estado de Igualdade(Formal), Liberdade (para explorar ou ser explorado) e Fraternidade (Solidariedade como forma de diminuir a culpa pela desigualdade material).
Já sabemos que é só faixada e assim que a crise passar e as águas se acalmarem, o estado das coisas voltarão a ser de voracidade, intervenção mínima, Estado fraco, setor privado forte e selvageria de mercado, como se a burguesia sofresse de uma certa esquizofrenia proposital, adquirindo personalidades diversas de acordo com o momento econômico.

Teses sobre o Trabalho

Como lobo em pele de cordeiro, apesar de bradarem a volta do intervencionismo estatal, depois da derrocada do pensamento de mercado desregulado. Não há de se iludir que em outros setores da vida humana o neoliberalismo perdeu sua batalha. Já na Alemanha, pôde-se observar o aumento da jornada de trabalho sem aumento do salário, para ajudar as “pobres” empresas no período crise

Enlouquecidos e cegos pela idéia de mais poder, mais dinheiro e menos encargos, os empresários brasileiros, que não sofreram ainda o impacto da crise como poderiam, exigem a mesma coisa. Flexibilização dos direitos trabalhistas já! Sem contar os setores como: Automobilismo, agricultura e outros que dependem puramente de exportação, não há de se falar em grande reflexo da crise no país, sendo as demissões ocorridas no último período, mais por medo, por insegurança, do que por necessidade. E a flexibilização dos direitos trabalhistas é um crime contra os trabalhadores, não podendo, em hipótese alguma, ser considerado, pois só afeta a parte mais fraca da relação de trabalho.... O TRABALHADOR!

Sobre este tema, o mais importante é salientar que depois de toda a cagada feita pela burguesia e pelos grandes empresários, OS TRABALHADORES, sim, aqueles que só são prejudicados cada vez que a burguesia erra, seja o penalizado a arcar com as contas por suas apostas (da burguesia) insanas e megalomaníacas.

No Brasil, só há duas hipóteses não amarradas na lei de negociação trabalhista, uma é a dos salários, apesar de não poder ser menor que um salário mínimo, e a outra dos lucros da empresa a serem divididos com os trabalhadores. Esbravejam os neoliberais “SÓ ISSO?”, mas se formos analisar, o que mais interfere na vida do trabalhador do que o salário que ele recebe para sustentar sua família? O Brasil, ainda carece de proteção, pois diferentemente da Alemanha, e isso não é divulgado, a carga horária é de no mínimo 8 horas e não de 6 horas. Desta forma, flexibilizar os direitos trabalhistas é jogar os trabalhadores em mais dificuldades, onde muitos já ganham um salário miserável para sustentar suas famílias, ainda terem seus contratos suspensos e não ter apoio do governo, mais do que uma sacanagem é uma tentativa de limpeza social da pobreza, deixando os pobres a mercê da fome.

Sobre o Brasil

Parece que de pouco em pouco os empresários brasileiros vão perdendo as esperanças e caindo no discurso de que a crise afetará o Brasil de forma estrondosa. De certo, que o Presidente Lula tentou aumentar a confiança interna e sim, diminuiu os verdadeiros impactos da crise, para que não houvesse um frenesi geral da nação nem fuga dos investimentos; mas o que mesmo tem que fazer um líder de Estado?

É claro, que podemos dizer que o governo foi sortudo, tendo em vista que estímulo excessivo ao consumismo estava gerando um temor de inflação, ou seja, aumento dos preços devido a demanda maior que oferta. Com a crise, houve uma pequena desaceleração da economia e uma segurada nos preços, o que conteve a inflação.
A taxa de desemprego continua estável, porém a grande preocupação é que no final do ano, a tendência é de queda na taxa de desemprego, pois as contratações temporárias ajudam no decréscimo desta taxa.

Assim, pode-se concluir que em janeiro é, que de fato, poderá se analisar com mais precisão os impactos da crise no mercado brasileiro. Já dando o Banco Central sinalização positiva em termos.

ERRATA!

Na verdade não se trata de uma errata, pois só esclarecimento, vi que nos últimos posts tenho usado reiteradamente o termo keynesianismo, porém não dei ao nome a devida relevância, presumindo que todos sabem o que o termo significa. Desta forma, comprometo-me numa edição extra, talvez ainda neste fim de semana, de fazer uma matéria só sobre o tema, para fácil compreensão de quem lê, isso se alguém lê, essa coluna.

Um comentário:

  1. Esses riquinhos "pau nos cús" sempre nos fudendo... Daí a população vira uma leva de mendigôncios, quero ver a quem cobrar soluções...

    E estar de frente com a situação, senhor Morani, deve ser mais difícil, mas saiba que para toda ação há uma reação. Então não pense que nada será feito, pois na boa, muita coisa vai rolar.

    Grato! Seu filho da puta...

    ResponderExcluir