sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

CRISE DA PAIXÃO NACIONAL!!!

Não querendo entrar na seara do Bap,mas já o fazendo, há um setor que está sofrendo muito com a crise, e que tende sofrer mais e mais até o ano que vem. Este setor é o da grande paixão dos brasileiros, o FUTEBOL!

Mas o que o futebol tem a ver com a crise? Simples meu caro Watson, o futebol é o esporte mais rico do mundo, aquele que mexe cada dia com maiores quantidades de dinheiro, inclusive, tendo grandes clubes como: Juventus, Arsenal, Manchester, Internazionale, entre outros, disponibilizando suas ações na bolsa.
Com a crise do mercado mundial, muitos desses clubes tiveram suas ações em forte queda, diminuindo, consideravelmente, suas riquezas. Somado a isso, temos um mercado regido pelo dólar que com a falta de crédito no mercado vem subindo dia após dia.

E na Prática?

Na prática, por exemplo, há o Corinthians tentando negociar o passe do Herrera por 24 vezes, sendo este passe de menos de 2 Milhões de Dólares. Há, também, o caso do Jogador Kleber do Palmeiras, que diz que só não fica no Verdão se esse não quiser. Já o Palmeiras alega que os preços do empréstimo e do salário ficam meio salgados para o clube, abrindo, assim, a possibilidade do Coringão também o contratar.

As transferências milionárias, que vinham batendo recordes, ano após ano, também ficarão abaladas, tendo em vista que os clubes devem muito dinheiro e perderam muito nas bolsas. A UEFA, inclusive, avalia a possibilidade de proibir os clubes excessivamente endividados de participarem de suas competições, não podendo os times ter dívidas em torno de 30 ou 40 por cento de sua arrecadação.

Na Alemanha, com a recessão, a maior problema da Bundesliga seria o contrato com as empresas de televisão, pois o atual contrato está em seu fim e não há perspectivas sobre a renovação ou não do contrato.

O maior problema, por sua vez, parece ser mesmo da Espanha, onde Real Madrid e Barcelona são clubes de seus torcedores, deste modo, com grandes contribuintes tendo perdido muito dinheiro com a crise, parece difícil que se consiga continuar com o ritmo de altos financiamentos e plantéis fartos de estrelas.

Por fim, fica claro com tudo isso, que o esporte, se tornando cada dia mais marketing, cada dia mais voltado ao dinheiro e não ao espetáculo ou ao que é jogar futebol, como nos áureos tempos de Zico, Gérson, Dianamite, Sócrates e outros, acabou armando uma arapuca para si próprio. Felizmente, ou não, para os brasileiros nosso times ainda não entraram nessa de bolsa de valores, o São Paulo tinha planos, mas na última hora recuou (que pena).

De certo é que daqui para frente, veremos muito mais jogadores sem classe e sem renome, sem habilidade e com empresários, mas pelo menos, será mais difícil Belletti no Chelsea ou Doni na Roma.

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