quinta-feira, 13 de novembro de 2008

COMO SERÁ A ECONOMIA DE HUSSEIN O.O!!!

Não querendo entrar na área do colega de blogger Daesse, mas já o fazendo, com a eleição história de Barack Hussein Obama, como será a economia em seu mandato, que, pelo menos pelo prisma econômico, parecerá mais um calvário do que, realmente, a liderança dos EUA a um momento de nova prosperidade econômica.

O relatório da OIT (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TRABALHO) é extremamente preocupante e mostra que o novo presidente terá uma árdua tarefa pela frente, pois o diretor – geral da entidade já disse que em uma perspectiva otimista o desemprego mundial pulará de 190 milhões para 210 milhões até o fim de 2009. O que significa, na melhor das hipóteses, um recorde mundial de 20 milhões de novos desempregados, quase 10% do quantum geral em apenas um ano.

Desse modo, por não Ter, delineadamente, uma política tão diferenciada do último governo e dos republicanos, o que fará o recém eleito presidente dos EUA, já que o capitalismo não consegue ver um futuro para si próprio, em termos de inovação. Voltará Obama, ao que tirou os EUA do gueto depois de 29? Estaremos de volta ao keynesianismo? Ou os economistas defensores do neo-liberalismo, como já o vêm fazendo, mudarão seus pensamentos de mercado desregulado e formularão em prol de um Estado mais interventor na esfera econômica, tentando, assim, pôr uma algema na famosa “mão invisível” do mercado?

As perguntas são muitas, as incertezas maiores, mas de certo temos que esse governo, que chegou onde chegou com base na esperança de uma vida melhor, principalmente para as classes média baixa e populares, terá um árduo caminho pela frente, para tentar amenizar as mazelas do capitalismo, ou jogá-lo de vez num buraco sem fundo, levando o mundo ao caos econômico.



FUUUUUUUUUUUUUUSÃO!!!!!!

E em meio ao cenário espectral, turbulento, de recessão mundial, eis que surge no Brasil o maior banco do hemisfério sul, o 4º maior da América Latina e o 17º do mundo, surgido de dois bancos genuinamente brasileiros, o Itaú Unibanco Holding S.A,. A fusão entre o Unibanco e o Itaú, que vem sendo negociada no decorrer dos últimos 15 meses, agradou o mercado no dia do anuncio, fazendo com que as ações do Unibanco subissem 8,95% e as do Itaú 16,39%, causando, inclusive, uma manifestação do Ministro da Fazenda Guido Mantega em sentido de que o crédito, que está escasso no país e no mundo, possa ser concedido, e que em decorrência da união haja mais liquidez no mercado brasileiro.

A fusão ocorreu, de fato, como uma resposta à compra do ABM Amro Real pelo Santander, empurrando os bancos brasileiros à necessidade de se inserirem no mercado mundial, se tornando uma potência global. A crise financeira foi apenas c um estímulo a mais. Em entrevista ao site do globo online Roberto Setúbal, presidente executivo do novo banco, declarou:

“A gente entendeu que tínhamos que ficar mais fortes pra caminharmos juntos para este projeto, então eu acho que a crise apenas ajudou a amadurecer a amadurecer a idéia”,

Mas para você correntista, o que muda?

Num primeiro momento, parece que não haverá mudança nem para correntistas nem para funcionários, mas o medo das demissões, como é comum em uma fusão dessas, já que não haverá sentido de agências uma do lado outra, é notório. O Presidente do novo banco disse que uma das primeiras metas é a integração entre caixas eletrônicos dos dois bancos, o que seria ótimo para os consumidores.

Por outro lado, há de se atentar para o fato, que se é ótimo para a economia brasileira ter um gigante mundial, com tamanha musculatura, por outro é ruim, pois perder mais um concorrente significa uma opção de escolha a menos para o consumidor, que já sofre absurdos com os abusos praticados pelas instituições bancárias.

Memória curta é o cacete!

É claro que para o mercado fica tudo azul, mas como já demonstramos anteriormente, nada será tão fácil como parece. É o velho binômio filosófico ditado por Marx sobre a aparência e essência, onde muitas vezes julgamos o aparente como essencial e não conseguimos Ter uma análise coerente da realidade devido a esse fato. Mas o por quê disso? Devem estar se perguntando, de forma coerente. Nessa fusão, haverá, de fato, demissões e abusos por partes dos bancos. Não há como esquecer o que foi a compra do Banespa pelo Santander e principalmente a negócio envolvendo Banestado e Itaú e no Rio de Janeiro, quem não lembra das promessas faraônicas quando o Estadual Banerj, também foi privatizado?

No negócio entre Banespa e Santander foram ao todo, no decorrer de 1992 à 2001, quando se deu efetivamente a aquisição, 25.352 demissões. No caso do Banestado, além dos 12.000 desempregados, os escândalos envolvendo a lavagem de dinheiro, evasão de divisas, tráfico de influências, ou seja, uma única transação que enriqueceria qualquer aula de Direito Penal, fizeram com que o povo paranaense pague a conta de R$ 48 milhões de Reais ao mês durante 20 anos, já que o processo de saneamento rendeu uma dívida de R$ 5 bilhões de reais, e o comprador, o Itaú, que teve gasto de R$ 1,6 Bilhões de reais, teve de créditos do banco R$ 1,8 bilhões, ou seja, nessa operação não só não gastou nada como ainda recebeu R $ 200.milhões.

Ou seja, há de fato uma movimento mundial, gerado pela crise e pela concentração de capital, que levará aos mercados de crédito se unirem para poderem Ter maior poder econômico, alguns, até mesmo para não acabarem.

Pode-se esperar várias outras fusões, como o próprio Banco do Brasil que já negocia metade dos ativos do banco Votorantim. Com uma única diferença, neste caso é o Estado agregando seu patrimônio e não um ente privado, que muitas vezes condenam o Estado, criticam o poder desse e como um filho mimado, num momento de crise, voltam como cão arrependido implorando dinheiro, através de chantagem das mais baixas e mesquinhas (demissões em massa), caso contrario estariam fadados ao fracasso.

Diante de tudo que está acontecendo, será mesmo que o Estado é tão incompetente como falam? Ou há uma demonização deste, para que se crie, na aparência um senso comum de Estado grande, pesado, fraco, mas que na essência esconde que a não regulamentação e não intervenção Estatal, significa mais dinheiro nas mãos dos detentores dos meios de produção que brincam com as cordas da economia, sabendo, que a qualquer momento, independente da merda que façam, o Estado, os salvará, para que não prejudiquem o povo que trabalha para iniciativa privada? Pensem nisso e até a próxima

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