sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

POR QUE VOCÊ QUER SER O MAIORAL?

Queria antes de tudo me desculpar pelo tempo sem escrever já que me afastei devido a problemas pessoais e ao nosso maravilhoso carnaval, mas como o tempo “ruge” e a sapucaí é grande, depois do desgosto do Salgueiro campeão resolvi me debruçar na minha matéria para informar de algumas coisas que estão acontecendo.

Protecionismo : Teoria que propõe um conjunto de medidas econômicas que favorecem as atividades internas em detrimento da concorrência estrangeira. Essa é a definição dada pelo site wikipedia. Mas o que isso tem a ver, já que o protecionismo, como já estudamos em história, foi uma pratica muito utilizada da época do mercantilismo, ou seja, na época das explorações marítimas.

Este tema volta a tona com a nova política de Barack Obama, nova porém velha, pois medidas protecionistas historicamente são usadas pelo governo dos democratas na Casa Branca. Quem não se lembra da “era Clinton”, onde seu foco era a política interna e onde os problemas de barreiras econômicas aos produtos estrangeiros começaram?

Diante desta tendência de olhar para o “povo” em contraposição as oligarquias estadunidenses fez com que em momentos chave da história os Democratas fossem escolhidos para acabarem com os problemas da época e serem os salvadores do mundo, ou ninguém lembra do Roosevelt? Como diria meu grande Camarada Willian Muniz “Mas qual o fundo prático disso?”

A questão é simples Obama entrou no poder e para salvar o orgulho estadunidense do caos quer, como diria o nosso fundador do Blog, “Ser o Botador”, não importando os estragos que isso possa causar nas economias emergentes, como o Brasil, “pois Farinha pouca meu pirão primeiro” né rapaziada?


MAS QUAIS SÃO AS MEDIDAS?

Tudo começa com um pacote que visa “alimentar” o mercado interno, desta forma tarifa-se os produtos de outros países para que seja possível a competição com os produtos internos, já que com a nova tarifa este tem que ir com preço maior para o consumidor, desta forma tenta-se inibir o consumo de produtos estrangeiros e estimular a compra de produtos nacionais. É claro que a primeira vista parece uma medida suuuuuper maneira, mas é uma medida extremamente hipócrita e atrasada. Pois se há vontade de estimular a economia interna deve-se reduzir impostos dos produtores do país e não ferrar com o dos outros.

O Aço brasileiro sentiu na “pele” e a seco (sacaram o jogo de palavras?) a medida chamada de Buy American, que estava no plano e foi modificada antes da sanção do presidente Barack Obama dizia que as empresas que tinham incentivos do governo deviam “priorizar” os fornecedores internos. Essa medida afeta diretamente empresas como a CNN que importa muito para os EUA e seria seriamente afetada por tal medida, que parece mais uma resposta política de Obama para mostrar serviço a favor dos estadunidenses do que mesmo uma medida pensada e que traria alguma melhora quantitativamente prática.

SITUAÇÃO DO MUNDO

Com o Japão tendo seu PIB recuado em 12,8%, com a Espanha tendo declarado oficialmente sua recessão, com as menores taxas de juros da história do BC do Reino Unido para evitar a inflação, será que as medidas protecionistas são a solução para o problema que os EUA mesmo criou? É difícil dizer que com a diminuição das importações haja aumento das exportações e os EUA volte a ter seu crescimento e suas taxas de emprego de outrora. Muito pelo contrario, tendo menos importação é menos dinheiro para os países exportadores comprarem também dos EUA e dessa forma abarrota-se o mercado interno com alguns produtos, fazendo com que o preço caia (oferta e demanda) e começa a escassez de alguns produtos de fora, o que geraria aumento de preços, a famosa inflação.

A única solução da crise é de fato regulamentar o mercado interno para que os eventos ocorridos com os subprimes e derivativos não voltem a ocorrer no mercado financeiro internacional. O Estado tem que se conscientizar que tem um papel fundamental na economia e que é responsável pelo investimento em infraestrutura e desenvolvimento tecnológico e humano, não sendo mais cabível jogar tudo nas mãos da iniciativa privada.

Assim, esperamos que com os 780 Bi de dólares aprovados pelo congresso americano, que presidente Obama pense em outros planos, como o aumento em 13% do vale popular de alimentação do que em barreirar outros países, se valendo dá máxima “posso me ferrar mas não me ferro sozinho”.

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